quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dissertar

Aproveitando o mote da redação, pela qual todos os estudantes terão que passar, no processo de avaliação das provas dos vestibulares, vale a máxima da dúvida.
Mesmo quando estiverem defendendo uma teoria , é preciso atentar para todos os lados. Não para que pareçam relativistas, mas para quê ponham em questão, tudo aquilo que parece '' verdade suprema ''. 
Questionar é o mais interessante. Os avaliadores querem ver o quanto o aluno é capaz de questionar. O quanto ele é capaz de dissertar sobre um ou mais assuntos.
Para isso é bom ter em mente que o aspecto crítico, ou mesmo a função do crítico tem que passar pela ética. Ou seja, não posso simplesmente falar mal, tenho que analisar, e só então desenvolver minha tese.
Por isso que devo procurar relacionar os assuntos, mesmo quando parecem tão distantes uns dos outros.
Redigir não é escrever com palavras decoradas ou difíceis. Não preciso gastar o dicionário. Preciso sim, antes de tudo, me fazer entender, com segurança e economia no escrever.
Vale a dica...

Bons estudos!

sábado, 13 de agosto de 2011

A Literatura como instrumento de compreensão do mundo

por Ailson Leite

É muito importante que a escola promova o acesso do aluno à literatura, ainda mais se for a literatura regional.
Em tempos de '' pasteurização da cultura '', ou de globalização generalizada - o que aliás é fantástico quando pensamos que as fronteiras entre os povos quase que se romperam totalmente -, e, com a morte do indivíduo, cuja alma se tornou o reflexo do mundo, falar de uma cultura específica, dos modos de viver de um povo ou nicho humano, é quase um grito crônico da realidade.
Alguns intelectuais da filosofia previram que um dia as massas se rebelariam e tomariam o poder, dividindo democraticamente o produto final, igualitariamente. Outros ainda imaginaram que através de sistemas políticos voltados para o povo, de quem se origina a palavra democracia, tais divisões seriam a solução.
No entanto, alguns deles não contaram com o fato de que esse desejo utópico não se consolidaria, dado o fortalecimento das elites, hoje em menor número, mas ainda assim mais sólida.
Os erros são vários, os descaminhos são muitos, e, o povo mais necessitado, continua esquecido.
Esquecido como a família de Fabiano ( Vidas Secas ), ou como os meninos da Bahia,  roubando para terem o direito de ter ou de ser alguma coisa ( Capitães da Areia ), entre as dobras do progresso capitalista.
Assim, quando pensamos que a literatura serve apenas para decorarmos, ganharmos nota ou passarmos nos vestibulares concorridos do Brasil, descobrimos que vai muito mais além. Conhecer, entender, compreender, analisar, opinar, dissertar e concluir que, podemos mudar a história se fizermos um pouco, pelo menos.
Ler deve ser um ato instrumental, um caminho. Sem que, necessariamente nos tornemos críticos de ''carteirinha'', catapultando, quando muito, apenas um cargo nos diversos setores organizadores de um país como o nosso, cujas dimensões continentais - quase nove milhões de quilômetros quadrados -, nos dão a ingrata noção do quanto precisamos melhorar as vidas de todos os esquecidos, sem sonhos românticos, mas com planejamento e decência.
Pena que, os senhores do poder, ainda estejam mais preocupados com as melhores imagens que nosso país pode ter, e ainda discutem  estupidezes como (...) '' a influência dos ventos alíseos na menstruação da borboleta azul ."

E não acusem, este que vos fala, de ser profundo demais, ou metido a intelectual, mas é um assunto que me interessa. Aliás é um assunto que interessa ao Grupo Ria, em sua incansável arte de divulgar e promover  a LITERATURA.

Vamos ler mais?

Indicações para uma leitura mais profunda:

A Rebelião das Massas - Jose Ortega Y Gasset;


A Rebelião das Elites e a Traição da Democracia - Christopher Lasch;


A Era dos Extremos  - Eric Hobsbawn:



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Os últimos suspiros do COMUNISMO em Cuba - Quem diria, hein?

do  g1( globo.com)


O Parlamento de Cuba deu luz verde nesta segunda-feira a um plano de reformas econômicas que deve trazer mudanças importantes ao modelo comunista vigente no país. Entre as medidas está a comercialização de moradias, o que significa a volta da propriedade privada à ilha.
A reforma foi aprovada pela Assembleia Nacional do Poder Popular, cuja sessão foi aberta pelo presidente Raúl Castro.
Castro vem defendendo reformas que possibilitem a criação de um mercado livre limitado desde que recebeu o poder das mãos do irmão, Fidel, em 2008.
Com a aprovação do plano, os cubanos vão poder, pela primeira vez em 50 anos, comprar propriedades. A escassez de habitações é um dos grandes problemas da ilha, já que apenas a troca de casas é permitida (sem uso de dinheiro), o que provocou a criação de um mercado negro para a aquisição de moradias.
A compra de mais de um automóvel também será permitida.
Ainda é prevista a eliminação de um milhão de empregos no setor público. Viagens ao exterior também serão facilitadas, assim como será autorizada a abertura de pequenos negócios.
O pacote com 313 medidas foi desenhado em abril deste ano, durante o Congresso do Partido Comunista.
ComunismoDurante a sessão no Parlamento, o deputado José Luiz Toledo Santander, presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, ressaltou que, apesar da reforma, a Constituição de Cuba reconhece que o Partido Comunista 'é a força dirigente superior da sociedade e do Estado', segundo o jornal Juventud Rebelde.
As mudanças ficam a cargo da Comissão de Implementação, que segundo o jornal irá definir, de maneira concreta, 'o conceito de elementos teóricos do modelo cubano que se atualiza e propor normas jurídicas'.
A comissão tem ainda a missão de implementar um novo modelo de gestão nas empresas estatais de Cuba.